A reconciliação consigo mesmo
Hoje, na Pizza com os Mestres, a Mestra Gita Satyanarayána trouxe uma importante reflexão sobre reconciliar-se com si próprio. A discussão girou em torno do perdão a si mesmo, resiliência, aceitação, resignação e fé interior.
A Mestra leu um darshan (ensinamento) do Mestre Uberto Gama sobre o tema e, depois, aprofundou-o. Confira o texto na íntegra:

"Por que é tão importante reconciliar-se? O que há de necessário nisto?
Reconciliar é estabelecer a paz em si mesmo, é harmonizar-se, é reconstituir a paz para si. Se não podemos estar completamente felizes, devemos estar, pelo menos, em paz conosco. A paz é fundamental. O equilíbrio interno é fundamental. O caminho para nos reconciliarmos está no sentimento, no coração. O sentimento que temos deve ser transformado e não reformado. Quando transformamos nosso sentimento, encontramos a paz dentro de nós. Quando o Vídya Yoga ensina que devemos nos reconciliar com todas as coisas, significa que devemos limpar nossos sentimentos, devemos abandonar as sementes (bijas) ruins que se encontram em nossas mentes. Nada é superior à reconciliação verdadeira, pois encontramos o verdadeiro amor. O amor da doação, o amor da entrega, o sentimento puro e verdadeiro.
MAS, PARA NOS RECONCILIARMOS, PRECISAMOS ESTAR DE ACORDO COM O OUTRO?
Concordar com o outro ou discordar do outro não significa estar reconciliado. A questão não é a concordância nem a discordância. A questão é a emoção envolvida. O sentimento novamente vem à tona. Concordâncias ou discordâncias dizem respeito ao processo intelectual e não ao processo emocional. Portanto, o discípulo (síshya) é aquele que está sempre disposto e aberto à mudança e ao aprendizado.
ENTÃO, COMO PODEMOS NOS TRANSFORMAR VERDADEIRAMENTE?
A verdadeira transformação está na consequência da compreensão. A compreensão só se manifesta quando houver uma relação íntima de confiança e firmeza na execução de uma ação – ou fé."
Mestre Uberto Gama